Friday, June 29, 2007

[music] about notes duration



Yes that's correct. What I meant was that there is no less than infinite variants in human playing that cannot be measured (or we'd take infinite time to do it).For instance, a quarter note is 1 beat, but how long does it last? if you press piano pedal it can spread several beats, and together with next notes it may form a chord. In guitar arpeggios this happens quite often, if not always...even in a melody, the duration of notes depends on the instrument and on the interpretation. If we want legato the note shall last the whole beat, or even a little longer into next note (specially for piano players).The strength applied, the direction strings are picked, the left hand and left arm movement, ... all these are affected by a trained instrumentist humour and techique, and surelly affect the way a music sounds. If you reduce this to a one-dimension machinery, it'll sound like... a machine.I don't consider that even music.

Sunday, June 24, 2007

Some guitar playing machine



From Slashdot:[0]spackbace writes "Researchers at the [1]Georgia Institute of Technology have created a mechanical guitar playing robot, named the [2]Crazy J. The guitar player is composed of two mechanical systems that interact to play a range of 29 musical notes. A plucking mechanism with six independently controlled picks is mounted over the body of the guitar and a fingering mechanism with an array of 23 fingertips is mounted over the first four frets of the fingerboard."
Links: 0. http://www.brianculler.com/ 1. http://www.gatech.edu/ 2. http://www.me.gatech.edu/mechatronics_lab/Projects/Fall00/group3/contents.htm
and some guy said that music played by a machine always sounds better because it has no mistakes...
Here's what I posted:
"If you knew something about music, you should know that a whole note does not last the same as two half notes, but a bit less. The moment of the attack is what defines the name of the note. For instance, a whole note may be very short, if it has a dot under it (piano), or it may last a lot longer, if the pedal is pressed.
Anyway, music played by machines will always sound like machines, because (among other things) machines don't have: feed-back (the ability to listen to what they play and react to it).A guitarist is always surprised and emotionally afected by the sound of what he plays, and that changes his playing and that is what makes the music express something, and that is what ultimately makes us enjoy listening to music. Otherwise I wouldn't call it music (of course there is a lot of this non-expressive sheet around, just listen to radios and TVs, but I don't call it music...)"
It is possible to listen to some samples in the referred site. Judge for yourself...
Or you can listen to mobile rings of mozart or beethoven tunes. The point is not wether "it's nice" or "it sounds OK". Is your music concept so large that it includes all this aberrations?
Bach is quoted for the following sentence, according to some he would say to his students:
just play the right note at the right time
But this should be understood under the right context:As for "the right note" it is quite obvious;
for "the right time": very often when trying to play some instrument, we tend to slow the dificult parts and run on the easier ones. Everybody that ever tried to play some instrument knows this (it's just like typing, some words are very fast...). So it is a very good exercise to play with metronome.
Another big mistake, also in well known concertists, is over interpretation. Most musics don't need that huge time/volume distortions most classic players do. And what's more surprising, most of them is not intentional, they don't know why they do it, and there is no explanation for it. So they don'tmake music sound better.
Lucky for them, we have such a good music legacy, that it is able to survive to all that distortions and pseudo-interpretations, and also to music playing machines.

Wednesday, June 13, 2007

Arte vs Ciencia



A Arte pode ser vista de 2 ângulos completamente diferentes: como uma abstracção de alto nível, ou como uma intuição de baixo nível.Quando o nosso cérebro está ocupado com qq coisa extremamente absorvente (por ser difícil, complexa, emotiva...) e repentinamente, sem aviso, sem preparação nenhuma, visualizamos um objecto (matéria prima), por vezes imaginamos de imediato qualquer coisa nova, diferente. Acontece quando estamos distraídos a fazer um esboço, ou a tocar um instrumento. É algo que nos vem de dentro, de um local tão profundo que nos é muito desconhecido, e falhamos ao tentar descobrir a origem deste 'Objecto de arte'.Penso que a todo o momento, na actividade criativa artística, esta Intuição está presente. Há quem lhe chame inspiração...Já a criação científica vem de uma abstracção de alto nível.Daí que aqueles que facilmente se 'desconcentram', ou perdem o foco do seu raciocínio esbatendo-o sobre algo recondito e misterioso, têm vocação para artes; por outro lado, há também aqueles que naturalmente seguem com mestria o fio à meada, absorvendo novos conceitos, integrando-os e aniquilando-os para passar ao nível seguinte, e desta forma tornar simples o que é complexo, e deduzir conclusões intangíveis em níveis inferiores. Estes são hábeis pensadores, filósofos ou matemáticos.Todos temos um pouco dos dois.
A visão de David Bohm (Ciência, Ordem e Criatividade) é um pouco diferente uma vez que atribui à criatividade/imaginação um papel fulcral para o desenvolvimento da Matemática e da Ciência no geral. Esta criatividade é alimentada pela associação livre através de metáforas, por exemplo, e é sustentada pela coexistência de teorias substancialmente diferentes.A comunicação assume um papel fulcral, eu diria mesmo elementar, pois é indissociável da ideia abstracta. A teoria relaciona termos, muitas vezes com um significado quase inconsciente ou subentendido, mas sempre presente. A própria palavra "significado" subentende comunicação.Seria como fazer uma música que não é para ser ouvida; ou uma pintura invisível; ou um teorema que relaciona objectos desconhecidos por uma relação desconhecida.Daqui advém também as suas conclusões sobre o "efeito travão" que determinada linguagem ou gíria pode ter sobre a concepção de novas visões, paradigmas. A linguagem é portanto um elemento nuclear da abstração, caracterizado por ter intrinsecamente forte memória.
Interessante também observar, e em contraponto com a ideia inicial da divisão Arte vs. Ciência, os princípios budistas da Meditação. Segundo estes, a meditação procura um vazio mental, alegando que através deste se consegue atingir um profundo conhecimento do Eu. Alega também que este vazio mental é quanto basta para estimular a criatividade. Ao esvaziarmos a nossa mente estamos a criar espaço para novas ideias surgirem; estamos também a limpar velhos conceitos e paradigmas para que os novos possam surgir; por outro lado, estamos a atingir uma abstracção de baixo nível, ou visualização crua, que acima referi como condição para a criação artística.
Neste sentido, inclino-me a unificar a criatividade, e a ver a arte e a ciência como duas faces da mesma moeda; ou melhor, como duas faces da mesma face.